quarta-feira, 6 de outubro de 2010

A verdade sobre a Matrix e Homens Matrixianos (Homens "Beta")


Tenho certeza que são pouquíssimos os homens no mundo que realmente entendam a Matrix. Os poucos que entendem seu conceito são os que já tiveram algum contato com a obra de Nessahan Alita ou com os blogs da Central Masculinista. Apesar do conhecimento da existência da Matrix já estar se espalhando, não encontrei ainda nenhum artigo detalhando especificamente o que é a Matrix.


Veja o diálogo entre Neo e Morpheu no filme Matrix:
Neo: O que é Matrix?
Morfeu: Você quer saber o que é Matrix? Matrix está em toda parte [...] é o mundo que acredita ser real para que não perceba a verdade.
Neo: Que verdade?
Morfeu: Que você é um escravo, Neo. Como todo mundo, você nasceu em cativeiro. Nasceu em uma prisão que não pode ver, cheirar ou tocar. Uma prisão para a sua mente.


O filme Matrix é praticamente uma analogia ao Mito da Caverna de Platão (ou Alegoria da Caverna). Para os que não conhecem, a alegoria da caverna mostra seres humanos que cresceram em uma caverna, acorrentados de modo que não pudessem mudar os olhos de direção, de que sempre veriam sombras do mundo exterior que se projetavam nas paredes da caverna. Eles não sabem que existe um mundo fora da caverna e por isso tem como sua única realidade aquelas sombras. Imagine que um daqueles consiga se libertar da corrente e sair da caverna. Ele se assustaria ao ver pela primeira vez o mundo e seu conhecimento da realidade seria um pesadelo no início (assim como tudo que é novo e contrário ao que acreditamos) mas com o tempo se acostumaria e tentaria mostrar aos outros o que descobriu. E as reações seriam sempre negativas, indo do deboche à violência. Essa alegoria foi usada por Platão para mostrar que o homem vive em ignorância e toma muitas coisas por verdade universal e que é importante conseguirmos superar essa ignorância.

O cenário é o mesmo nos relacionamentos. Desde o nascimento somos condicionados a viver dentro da Matrix, a tomá-la como uma única verdade universal e acreditar em suas ilusões. É a Matrix a principal causa do sofrimento emocional do homem, de levá-lo a crer em ilusões para depois arrancá-lo destas mesmas ilusões levando-o ao desespero, ao fundo do poço e, muitas vezes, até mesmo ao suicídio.

A Matrix antecede, ultrapassa e é criadora do Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley. Leva homens a usarem o nome de Deus nas cruzadas com a mesma rapidez que os leva ao ateísmo. Leva homens ao altar com juras de amor eterno e mulheres aos prostíbulos e capas de revistas como Playboy com promessas de fama, fortuna e felicidade. É o produto criado pelas fraquezas do ser humano, pela dominação do forte pelo fraco com mentiras e ao mesmo tempo é criadora de todas essas fraquezas, mentiras e traições. Enfim, a Matrix é a mãe do relativismo, da hipocrisia, das ilusões. Sua força é proporcional à fraqueza e ao apego do homem pelas ilusões.

Nos relacionamentos, a Matrix é a responsável pela crença no amor romântico, em um relacionamento tranquilo, na pureza feminina. O matrixiano acredita com todas as forças que a mulher é um ser angelical, livre de falhas, perfeito em cada molécula de seu ser. As correntes da Matrix prendem o matrixiano com ganchos que perfuram a carne e a alma e inebriam os sentidos, levando o homem ao fundo do poço, ao sofrimento e à devastação da própria vida por migalhas de um amor que nunca existiu. As ilusões são tão tentadoras que mesmo atos pérfidos que refletem o lado obscuro das mulheres são ignorados, afinal, é quase impossível dar as costas para uma doce ilusão, mesmo quando estamos conscientes do absurdo presente na mesma.

O matrixiano despe-se de sua honra, de seu orgulho e, enfim, de seu amor próprio. Ele se humilha, se rebaixa e se entrega ao sofrimento da mesma forma que um mártir caminha para o próprio sacrifício. O sofrimento causado pela Matrix ofusca os objetivos e ambições de um homem. O matrixiano se deixa levar por paixões profanas querendo se sentir vivo para no final apenas conseguir essa sensação através da dor que sente. A matrix é reforçada no coletivo por filmes e livros de romance, músicas, poemas e frases de impacto que colocam o “amor” não retribuído acima do amor próprio. Músicas que idolatram o feminino, a paixão, as sensações, letras que dizem que é “melhor sofrer por amor do que nunca ter amado”, filmes onde a mulher traí o homem com outro e ainda assim aparece a cena clichê do apaixonado correndo atrás dela no aeroporto, são apenas alguns exemplos.

Mulheres não são seres angelicais e perfeitos. Assim como em todo ser humano, a mulher tem seu lado obscuro e esse lado obscuro é ainda mais sombrio e intenso que o do homem. Elas não são mais sensíveis do que nós, como tentam nos fazer acreditar. Na maior parte das vezes a sensibilidade feminina não passa de uma máscara, uma forma de lograr com o instinto de proteção masculino. Desde cedo elas aprendem por meio de observação e prática que com uma voz suave conseguem tirar tudo de um homem e que se não conseguem algo com uma voz doce, podem conseguir com o choro (se tudo falhar, elas sabem que ainda podem usar a sedução). Nós homens, ao contrário, somos obrigados desde cedo a nos fechar por dentro. Qualquer demonstração de sentimento é ridicularizado e visto como fraqueza emocional, mesmo pelas doces mulheres. Um homem que chora é considerado desequilibrado ou até mesmo boiola. Por esse motivo os homens ainda em idade tenra aprendem a controlar melhor seus sentimentos, mas isso não significa que não os tenha. Na verdade os sentimentos masculinos são ainda mais intensos que os femininos. Apenas os homens são verdadeiramente românticos e capazes de amar uma mulher de forma incondicional, enquanto a mulher nunca ama simplesmente pelo fato de ser amada, mas por algum interesse. A mulher se vê como um prêmio e acredita com todas as forças que o homem apaixonado é um ser débil e fraco e que justamente por seus sentimentos não a merece, pois ela apenas prêmia os que considera superiores, que segundo sua visão distorcida são os cafajestes, marginais, playboys etc. São sadomasoquistas por natureza, mesmo que não percebam conscientemente. Sentem prazer ao saber que estão fazendo um homem sofrer ao mesmo tempo em que sentem prazer quando sofrem na mão de um cafajeste. Em uma relação o homem busca a tranquilidade, enquanto a mulher busca emoções loucas e intensas.

Muitas, enquanto não encontram o “amor bandido” que tanto sonham, se valem das desculpas mais imbecis para brincar com os sentimentos do matrixiano, levando-o ao sofrimento e à loucura, o que é uma coisa perigosa não apenas para o matrixiano, mas também para a espertinha em questão. O relativismo matrixiano chega ao ponto de impedir ambas as partes de diferenciar dor e prazer. Porém, não é necessário que o homem saia da Matrix para uma mulher desonesta se dar mal. Muitas vezes um matrixiano bonzinho pode chegar ao limite e estourar, levando tudo a uma conclusão desastrosa (um exemplo são os crimes de honra, onde o corno assassina a adúltera ao descobrir a traição). Podemos concluir que o relacionamento e a própria Matrix é, tanto para um homem apaixonado de bem quanto para uma mulher promíscua e desonesta, como a Caixa de LeMarchand (também conhecida como Configuração dos Lamentadores), que promete os prazeres do Céu e do inferno. E infelizmente a maioria das mulheres não quer saber qual desses “prazeres” receberá, contanto que os receba.

Para sair da Matrix o homem não deve apenas enxergar a realidade, mas também “morrer em si mesmo”. Matar suas emoções, seus medos e inseguranças, seu ego. O homem deve transcender as paixões mundanas, as emoções profanas, o narcisismo, o medo de morrer sozinho. Um homem de verdade é racional e coloca seus objetivos e metas acima de seus sentimentos. As mulheres não devem ser NUNCA o principal objetivo de um homem e sim uma companheira que estará ao seu lado apoiando-o na luta por seus objetivos. Se não for assim, então é melhor ficar sozinho, lembrando o ditado popular: “antes só do que mal acompanhado”.

Também devemos lembrar que a Matrix não ofusca o homem apenas nos relacionamentos, mas em tudo na vida, incluindo estudos e trabalho. Um exemplo da “Matrix profissional” é a tal meta comum hoje de muitos homens que desejam apenas se formar para prestar um concurso público ou começar a trabalhar o quanto antes para comprar uma casa, se casar e ter filhos e passar o resto da vida se matando em um emprego que odeia por um salário medíocre onde sua capacidade não é valorizada e tudo o que resta são os fins de semana assistindo os programas chatos e imbecis de domingo dos canais abertos. A “matrix profissional” impede o homem de tentar criar algo novo, de se aventurar no mundo dos negócios, de tentar abrir sua própria empresa. O trabalhador matrixiano se amarra fortemente na ilusão da segurança de um trabalho com carteira assinada e passa o resto da vida sem se livrar das amarras, preso com suas asas cortadas dentro de uma gaiola, invejando os que são livres para alçar voo e alcançar o céu.